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Análise Harmônica: Blue Bossa – A “caixinha de utilidades” do Jazz

Análise Harmônica: Blue Bossa – A “caixinha de utilidades” do Jazz

Gustavo Milani aqui 🙂 .

Hoje faremos uma análise harmônica da música Blue Bossa, um standard dos mais recomendados para quem está começando a estudar Jazz (daqui a pouco você vai entender o porquê).

Vamos começar apresentando a harmonia desse tema, que pode ser encontrado no Youtube em várias interpretações diferentes.

Conteúdo

HARMONIA FUNCIONAL – ANÁLISE

blue 1 - Análise Harmônica: Blue Bossa – A “caixinha de utilidades” do Jazz

O primeiro passo é descobrir qual o tom da música. Para fazer isso, podemos observar a armadura de clave ou associar os acordes da harmonia com algum campo harmônico que corresponda aos mesmos.

De uma forma ou de outra, chegaremos ao tom de Do Menor Natural (3 bemois). Agora já podemos começar a analisar os acordes.

Os 3 primeiros acordes não apresentam nenhum problema para nossa análise, pois são acordes diatônicos, ou seja, acordes que estão dentro do campo harmônico, dentro do tom em questão (Dó menor natural).

O primeiro acorde (Cm7) é o primeiro grau do campo harmônico, seguido de um Fm7, que nada mais é do que o quarto grau do campo harmônico, e, por fim, temos um Dm7(b5), ou Ré meio diminuto, como é conhecido.

Este último é o segundo grau do campo harmônico. Até aqui, se você já estudou o campo harmônico menor natural, não terá nenhum problema em entender nossa análise.

blue 2 - Análise Harmônica: Blue Bossa – A “caixinha de utilidades” do Jazz

O problema é quando nos deparamos com o acorde G7.

Dentro do campo harmônico de Dó menor natural temos o acorde de Gm7 derivado do quinto grau, e não um G7.

Mas de onde vem esse acorde então?

Tente descobrir sozinho e conte pra gente depois se conseguiu. Mas se você não conseguiu, confira a resposta:

Por gerar um acorde menor no quinto grau, o campo harmônico menor natural não possui função dominante, sem poder gerar a tensão necessária para criar uma resolução na tônica.

Então, com o passar do tempo, foi adotada uma pequena alteração na escala menor natural. Alteração esta que consiste em subir em meio tom o sétimo grau. Em nosso caso, o sétimo grau, Si Bemol, torna-se um Si natural, transformando assim, a nossa escala de Do menor Natural em Do menor HARMÔNICA.

blue 3 - Análise Harmônica: Blue Bossa – A “caixinha de utilidades” do Jazz

Resumindo: A escala menor harmônica é uma escala menor natural que tem apenas a última nota de diferente. Essa escala, como o próprio nome diz, surgiu por conta dessa necessidade de criar uma função dominante para a harmonia.

Como a diferença entre as duas é pequena e o centro tonal é o mesmo, é comum que os compositores transitem entre essas escalas de forma muito natural. Também temos a escala menor melódica, mas isso já é assunto para outra aula.


O fato é que a alteração de Sib para Si faz com que o nosso acorde Gm7 se transforme em G7 (Sib é a terça menor e Si é a terça maior), e num “passe de mágica”, temos um acorde dominante novinho em folha.

Resolvido o mistério do G7, vamos para o próximo acorde, que é o mesmo Cm7 de antes, ou seja, voltamos para a escala menor natural.

blue 4 - Análise Harmônica: Blue Bossa – A “caixinha de utilidades” do Jazz

Aqui podemos considerar o fim da primeira parte da música.

Se você é um bom observador, já deve ter percebido que temos uma mudança importante da primeira parte da música pra segunda:

A armadura de clave mudou!

Isso significa que o tom da música mudou também?

Pode apostar que sim.

Na segunda parte da música mudamos para um novo tom:

Re bemol maior.

Na linguagem musical, uma mudança de tom no meio da música é chamada de Modulação.


Dessa forma, temos que continuar a nossa análise a partir dessa nova referência. E em nosso novo campo harmônico, os 3 próximos acordes ocupam respectivamente o segundo grau (Ebm7), o quinto grau (Ab7) e o primeiro grau (Dbmaj7).

*Spoiler* – Percebeu a sequência? Segundo grau, quinto grau, primeiro grau. Guarde essa informação.

blue 5 - Análise Harmônica: Blue Bossa – A “caixinha de utilidades” do Jazz

E por fim, nos últimos compassos, modulamos novamente voltando para o centro tonal de Dó menor, o mesmo do começo da música.

Quanta modulação, né?

blue 6 - Análise Harmônica: Blue Bossa – A “caixinha de utilidades” do Jazz

A CEREJA DO BOLO

Mesmo com o uso da escala menor harmônica e das modulações, essa música tem uma harmonia relativamente simples, usando apenas acordes que fazem parte do campo harmônico, nada muito avançado.

Então por que eu escolhi justamente ela? O que essa música tem de tão importante?

A resposta é a seguinte: A cadência dois cinco um.

blue 7 - Análise Harmônica: Blue Bossa – A “caixinha de utilidades” do Jazz

Que diabo é isso? Cadência? 2? 5? 1? Bingo?

Vamos por partes. Cadência, nesse contexto, pode ser caracterizada como uma sequência de acordes que implica em um “final de seção”, ou seja, uma resolução em um acorde com função tônica.

O nome “dois cinco um” (II – V – I) é justamente por que essa cadência se encontra em uma configuração específica que faz uso do acorde do segundo grau do campo harmônico (II), seguido do quinto grau (V), terminando no primeiro grau (I).

Toda vez que temos essa sequência de acordes, podemos chamá-la de cadência II-V-I.

Na música blue bossa, ela aparece em duas versões diferentes:

1) IIm7(b5)-V7-Im

BLUE 8 - Análise Harmônica: Blue Bossa – A “caixinha de utilidades” do Jazz

2) IIm7-V7-I7M

BLUE 9 - Análise Harmônica: Blue Bossa – A “caixinha de utilidades” do Jazz

CONCLUSÃO

Quando a música está em um tom menor, a cadência “dois cinco um” deve obedecer ao campo harmônico, então, o segundo grau vai ser meio diminuto, o quinto vai ser maior com sétima menor (por conta da alteração da escala menor harmônica) e o primeiro grau vai ser menor.

A regra também vale para um tom maior, onde o segundo grau é menor, o quinto é maior com sétima menor e o primeiro é maior, conforme os exemplos acima.

A cadência “dois cinco um” é a base da linguagem do Jazz e um dos movimentos harmônicos mais usados em praticamente todos os estilos de música. Estudar Blue Bossa é pegar dois coelhos com um golpe só, já que ela possui esse clichê harmônico em suas duas versões, maior e menor.

Sendo assim, treine bastante nas duas versões e acostume com a sonoridade das duas, pois daqui pra frente, você vai ver “dois cinco um” em tudo.

Bons estudos e muita música pra vocês!!!!!!


gustavo 1 - Análise Harmônica: Blue Bossa – A “caixinha de utilidades” do Jazz

Sobre o Autor: Gustavo Milani é
professor de música e guitarrista
formado em Licenciatura Musical
na Universidade do Sagrado
Coração. Atua como músico
profissional e professor na região
de Araraquara – São Paulo.


Redes: (Clique para seguir)
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