#2 Harmonia funcional – Acordes SubV7 – Aula de Harmonia Funcional
Silvio Ribeiro aqui da Editora Harmonia Essencial.
Em nossa #Análise2 iremos estudar o contexto harmônico da canção “AV. 9 de Julio” de minha autoria. Analisaremos as ferramentas da HARMONIA FUNCIONAL, ou, simplesmente, as ferramentas do mundo da HARMONIA MUSICAL que foram aplicadas nessa música.
E como comentamos na #Análise1, a HARMONIA MUSICAL realmente abrange nosso vocabulário harmônico e melódico facilitando compor suas próprias canções, composições, transcrições, sofisticações harmônicas e muito mais. Realmente, o estudo da HARMONIA é ESSENCIAL para todo músico e amante da música, sendo seu manual que nunca poderá ser deixado de lado.
Confira o vídeo da canção e a vídeo aula também se preferir. Continue lendo o post até o final que há mais conteúdo excelente 🙂
Conteúdo
ANÁLISE FUNCIONAL
A canção em um contexto geral está na tonalidade de RÉ MENOR. Como já estudamos nos CURSOS DO HARMONIA ESSENCIAL, uma tonalidade menor é formada por 3 escalas estruturais.
– Escala Menor primitiva
– Escala menor harmônica
– Escala menor melódica
Somente a escala menor primitiva não é suficiente para construir um CAMPO HARMÔNICO MENOR pois não gera acorde dominante em sua estrutura, impossibilitando os movimentos harmônicos TÔNICA – SUBDOMINANTE – DOMINANTE.
Sendo assim, e, sinteticamente, o campo harmônico de RÉ MENOR possui como principais acordes:
Im7 – Dm7
IIm7(b5) – Em7(b5)
bIII7M – F7M
IVm7 – Gm7 / IV7 – G7
Vm7 – Am7 / V7 – A7
bVI7M – Bb7M
bVII7 – C7
VII° – C#°
É claro que em uma composição, sofisticação harmônica etc… e com o conhecimento que já obtemos com o ESTUDO DA HARMONIA MUSICAL, não necessariamente precisamos ficar presos nestes acordes da tonalidade, a HARMONIA nos dá ferramentas para pensarmos além.
Algumas Ferramentas da Harmonia Utilizadas na canção
Algumas das ferramentas da harmonia utilizadas na canção foram:
– Acorde SubV7- Acorde diminuto- II cadencial Primário- Acorde de empréstimo modal (AEM)- Modulação
– ACORDE SUBV7
O denominando acorde dominante SUBV7 (substituto do V7 “original”) é, resumidamente falando, encontrado semitom acima do acorde de resolução.
No compasso 6 por exemplo, houve a progressão:
Im7 SubV7 bVII7
|| Dm7 | Db7(alt) | C7 ||
O acorde Db7(alt) é o substituto direto do V7 “original” de C7 (bVII7 da tonalidade) que é o dominante G7, ambos os acordes possuem o mesmo trítono e por isso a possibilidade de substituição um pelo outro, uma ferramente muito interessante para ser explorada.
– Acorde Diminuto
No compasso 18, similar o que ocorreu anteriormente, ao invés de utilizar o SUBV7, preferi a utilização do acorde diminuto para fazer a ligação entre os dois acordes.
Im7 VII° bVII7
|| Dm7 | Db° | C7 ||
Este diminuto é classificado como DIMINUTO DE PASSAGEM DESCENDENTE DE FUNÇÃO CROMÁTICA (não dominante), está ligando dois baixos de acordes separado por intervalo de tons.
Como já comentei em outros posts, o acorde diminuto é um dos mais, ou, senão, o acorde mais versátil da HARMONIA FUNCIONAL, por isso, essa é somente uma ideia de sua utilização.
– II CADENCIAL PRIMÁRIO
Em tonalidade menor especificamente, um II CADENCIAL PRIMÁRIO é composto pelo acorde meio diminuto “IIm7(b5)” e pelo respectivo dominante da tonalidade “V7”, este, possui como tensões subentendidas “Tb9” e “Tb13”.
No compasso 13 essa ferramenta foi utilizada:
IIm7(b5) V7 Im7
|| Em7(b5) | A7 | Dm7 ||
– ACORDE DE EMPRÉSTIMO MODAL
No penúltimo compasso apareceu um acorde que não é diatônico à tonalidade de RÉ MENOR:
|| Gm7 Eb7M | …
Eb7M (bII7M) é um acorde de empréstimo modal. Geralmente, os acordes de empréstimo modal são àqueles da tonalidade homônima, ou seja, se estamos na tonalidade de RÉ MENOR, os acordes de empréstimo modal são os que pertencem à tonalidade de RÉ MAIOR, no entanto, Eb7M não pertence à tonalidade de RÉ MAIOR também, este, é sim considerado de empréstimo modal por alguns teóricos porém tendo sua origem no IIm7(b5) ( Em7(b5) ) com a fundamental abaixada em semitom, uma espécie de acorde de sexta napolitana.
Acordes de empréstimo modal são muito interessante pois dão brilho à harmonia já que não são diatônicos à tonalidade, causam uma espécie de efeito surpresa.
– MODULAÇÃO
No último compasso da canção, terminamos a música no acorde de “D7M”, ou seja, fizemos uma breve modulação para a tonalidade homônima MAIOR, dando uma intenção mais alegre, já que modulamos para um tom maior.
Com a ferramenta da MODULAÇÃO, entre todas as suas subdivisões de estudo, podemos criar diferentes entonações à música, podendo deixá-la mais triste, ou, mais alegre, um simples exemplo.
As 5 FERRAMENTAS
PARTITURA ANALISADA
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