#1 Harmonia funcional – análise- Acordes Diminutos e mais.
Silvio Ribeiro aqui da Editora Harmonia Essencial. Vamos analisar uma música com a ótica do estudo da HARMONIA FUNCIONAL?
Em nossa #Análise1 o Prof. Silvio Ribeiro comenta sobre as funções e o contexto harmônico da canção “La Première” de sua autoria e comenta sobre as FERRAMENTAS da HARMONIA MUSICAL que podem ser utilizadas em uma composição, sofisticação harmônica, re-harmonizações etc… como
– inversões de acordes;
– II cadenciais;
– Acordes dominantes V7 e SubV7;
– Sub II;
– acordes Diminutos;
– dominantes secundários;
– dominantes sem função de dominante entre tantas outras ferramentas importantes do mundo da HARMONIA FUNCIONAL.
Obs.: Confira a música e o vídeo aula no VÍDEO a seguir se preferir, mas recomendo que continue lendo a matéria para detalhes! 🙂
Conteúdo
ANALISANDO O CONTEXTO HARMÔNICO GERAL
Primeiramente, analisamos em qual tonalidade a canção está, que neste caso, o centro tonal da música é FÁ MAIOR.
Sendo assim, o campo harmônico de FÁ MAIOR em tétrades é:
I7M – F7M
IIm7 – Gm7
IIIm7 – Am7
IV7M – Bb7M
V7 – C7
VIm7 – Dm7
VIIm7(b5) – Em7(b5)
– E o que quer dizer que uma música está na tonalidade de FÁ MAIOR?
Refere-se que no desenvolvimento harmônico da canção, FÁ MAIOR, o grau tônico, nosso centro tonal, é a nossa referência em relação aos demais acordes.
Uma música tonal autêntica, como no caso da canção “La Première”, passa por momentos ESTÁVEIS, MENOS INSTÁVEIS e INSTÁVEIS, formando esse CICLO TONAL:
ESTABILIDADE — MENOS INSTÁVEL —INSTÁVEL e retorna para a estabilidade (Função Tônica) (Função Subdominante) (Função Dominante)
E é claro que uma música tende a retornar para essa sensação de estabilidade. Nosso acorde FÁ MAIOR (I GRAU) é o principal responsável por criar essa ESTABILIDADE no contexto harmônico, por isso é o nosso centro tonal e temos a tendência de retorno para tal acorde.
Ideias Sobre Harmonia Funcional
O interessante sobre o estudo da HARMONIA FUNCIONAL, é que, esta, nos dá FERRAMENTAS essenciais que expandem nosso vocabulário harmônico.
Algumas FERRAMENTAS da HARMONIA utilizadas na canção “La Première”:
1- Dominante Primário e Dominantes Secundários.
2- II Cadencial Primário e II cadenciais Secundários.
3- Dominantes Substitutos (SubV7) Primário e secundários.
4- Acordes diminutos com função dominante.
O estudo da Harmonia – Ferramentas da música
Vamos fazer um breve comentário sobre cada uma dessas FERRAMENTAS MUSICAIS comentadas.
1- Dominante Primário e Dominantes Secundários.
O dominante primário é aquele acorde X7 (dominante) que se dá para o I GRAU da tonalidade. No caso da tonalidade de FÁ MAIOR, o dominante primário é C7.
Exemplo:
V7 I7M
C7 – F7M
Os dominante secundários são os dominantes dos demais graus da tonalidade (Tonalidades secundárias) exceto do VII.
Exemplo:
V7 IIm7
D7 Gm7
O dominante do IIm7 (Gm7) é “D7”. Esse é denominando de dominante secundário, aquele que não se dá para o I grau da tonalidade (Tonalidade Primária).
2- II Cadencial Primário e II cadenciais Secundários.
A) O II cadencial primário é aquele (IIm7 – V7) que se dá para o I grau da tonalidade.
Exemplo:
IIm7 V7 I7M
Gm7 C7 F7M
A “junção” de “Gm7 – C7”, os baixos dos acordes ligados por 4ªJ ascendente na tonalidade de FÁ MAIOR é denominado de II cadencial primário, pois caminha para a tonalidade primária do contexto harmônico.
B) O II cadencial secundário é aquele ( IIm7 – V7) que se dá para os demais graus da tonalidade (Tonalidades secundárias) exceto para o VII.
Exemplo:
V7 VIm7
Em7(b5) A7(b9) Dm7
A “junção” de “Em7(b5) – A7”, os baixos dos acordes ligados por 4ªJ ascendente em relação a tonalidade de FÁ MAIOR é denominado de II cadencial secundário.
3- Dominantes Substitutos (SubV7) Primário e secundários.
Simplificadamente, o SubV7, como o próprio nome diz, é o substituto do V7 “original” de cada acorde, e se localiza sempre semitom acima do acorde de resolução.
Exemplo: O dominante V7 original que resolve em FÁ MAIOR é C7, já o seu respectivo substituto está localizado semitom acima, sendo assim, Gb7. É claro, existe toda uma explicação sobre como chegamos e entendemos melhor tal substituição, porém, não iremos entrar em detalhes agora.
O SubV7 que se dá, ou, resolve no I grau da tonalidade é chamado de SUBV7 PRIMÁRIO.
SubV7 I7M
Gb7 F7M
O SubV7 que se dá, ou, resolve nos demais graus da tonalidade (Exceto o VII) é chamado de SUBV7 SECUNDÁRIO.
SubV7 VIm7
Eb7 Dm7
4- Acordes diminutos com função dominante.
O acorde diminuto é aquele formado por 3 sobreposições de TERÇAS MENORES, é um dos, se não o mais versátil acorde que temos na HARMONIA FUNCIONAL.
Podemos utilizá-los como dominantes, interligando acordes, equivalências etc…
Basicamente, aquele acorde diminuto, ou, um de seus equivalentes que se localizam semitom descendente do acorde de resolução, possui função dominante.
Na canção “La Première”, como exemplo, temos a seguinte sequência:
I7M #I° IIm7
F7M F#° Gm7
Repare que F#° está localizado semitom atrás de Gm7. Tal acorde possui função dominante, ou seja, se equivale a um D7(b9) (V7 de Gm7) podendo ser substituído por tal.
Os acordes diminutos são uma ferramenta muito interessante para utilizar em suas composições, re-harmonizações, sofisticações harmônicas etc…
Temos um capítulo todo em nossa coleção de LIVROS e VIDEOAULAS explicando o que são os acordes diminutos, suas escalas, funções, classificações, demonstrando na prática a sua utilização no contexto harmônico MAIOR e MENOR.
O MUNDO DA HARMONIA
Realmente, o estudo da HARMONIA MUSICAL, ou, a dita HARMONIA FUNCIONAL, abrange seu vocabulário musical, entende os porques da música, melhora o desempenho em seu instrumento e outras vantagens.
Confira nesse INFOGRÁFICO:
Neste post foram comentadas apenas algumas FERRAMENTAS da HARMONIA FUNCIONAL que você pode utilizar e entender seus mecanismos.
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Sendo assim, me despeço deixando o vídeo abaixo explicando nossa #Análise1.
Obs.: Logo abaixo a partitura analisada.
Grande abraço de seu amigo e Prof. Silvio Ribeiro
PARTITURA ANALISADA
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Vídeo aula sobre a #Análise1
Um abraço a todos e continue os estudos pelos demais artigos.
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(19) 9 9635 9402
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